Dependendo do contexto, palavras traduzidas como cuidados, preocupações ou temor e ansiedade podem revelar tanto atitudes certas quanto erradas na vida de um cristão. O sentimento de temor está correto quando significa reverência para com Deus por causa da santidade (Is. 8,13); o cuidado é positivo quando demonstra interesse pelos outros (1 Co 12,25; 2 Co 11,28). Mas preocupar-se é uma atitude que sempre está errada, porque a preocupação paralisa a fé atuante na vida de qualquer pessoa. Quando nos preocupamos, assumimos responsabilidades que nunca nos foram delegadas. Jesus ensinou repetidas vezes: -Não vos inquieteis (Mt. 6,25-34).
A preocupação ou inquietação divide a mente entre coisas úteis e prejudiciais. A inquietação não muda nada e serve apenas para desviar o nosso olhar de Deus e de sua fidelidade e justiça. Em vez de nos concentrarmos em Deus, passamos a nos ocupar de coisas concernentes à vida, tais como posses e bens materiais (Mt. 6,31). A preocupação é uma emoção nociva e sufocante que consome a energia e tenta elevar a força e engenhosidade humana acima da força e propósitos de Deus. Fontes de preocupação incluem mudanças, falte de entendimento e de controle sobre nossa vida. A preocupação abre o caminho para o mundanismo, isto é, para as preocupações com as coisas dessa vida. Embora os filhos de Israel tivessem observado Deus abrir o mar Vermelho para libertá-los do Egito, eles não acreditaram que o Senhor providenciaria água no deserto para satisfazer suas nescessidades. A preocupação é o oposto de fé, e o ato de preocupar-se sugere que Deus não é digno de confiança para cuidar da nossa vida e suprir nossas nescessidades (Fp. 4,19). Portanto, no juízo final, os covardes estarão ao lado dos incrédulos (Ap. 21,8). Ao ligar preocupação com incredulidade, as Escrituras nos dão orientação para voltarmos à fé integral. O caminho que vai da preocupação à fé começa com o reconhecimento do pecado e a confissão da falta de fé (Sl. 139,23), continua com a libertação (Sl. 34,4) e termina com a certeza de que absolutamente nada pode separar você do amor de Deus, que é o grande EU SOU (Rm. 8,35; Êx. 3,14-15). Em vez de ansiedade, devemos oferecer livremente ações de graças vindas de um coração firmado na fé em Deus como Todo-Suficiente (Sl. 112,7-8 Fp 4,6-7).
Fonte: A Bíblia de Estudo da Mulher
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